Protesto contra falta de médicos

Protesto contra falta de médicos

População de Alfeizerão (Alcobaça) diz-se farta de não ter clínicos e funcionários na extensão de saúde.

 

Cerca de 100 pessoas concentraram-se ontem (2 de Agosto) junto à extensão de saúde de Alfeizerão, em Alcobaça, em protesto contra a falta de médicos, mas o agrupamento de centros de saúde espera reforçar os profissionais na próxima semana.

"Num dia, temos médico, não temos administrativa. No outro temos administrativa, mas não há médico", relatou o presidente da Junta de Alfeizerão, Leonel Ribeiro, contestando o facto de "a maior parte dos dias' a extensão de saúde se encontrar fechada.

Segundo o autarca, o problema "arrasta-se há cerca de um ano", período em que "primeiro a administrativa esteve de baixa" e, nos últimos meses, "uma das médicas está de férias e a outra de baixa, deixando a população sem consultas". Utentes com “exames para mostrar há seis meses", "sem conseguir receitas de medicamentos" ou ainda "obrigados a pagar 20 euros de táxi" para conseguir consulta nas Caldas da Rainha (a 12 quilómetros) subiram o tom da contestação durante a concentração.

Zaida Rebelo, 48 anos, e Nazaré Ladeira, 70, duas doentes oncológicas, contaram que não têm realizado exames pedidos pelo Instituto Português de Oncologia devido à falta de médico na extensão.

Por isso, afirmaram-se dispostas a "criar um movimento que leve este assunto até ao Governo" e a iniciar um abaixo-assinado exigindo que a situação seja resolvida. A extensão "já perdeu cerca de metade dos utentes", lamentou o presidente da Junta, estimando que existam atualmente "cerca de mil doentes inscritos" de entre uma população de 3800 eleitores. "Muitos optam por mudar para o Centro de Saúde de Tornada (a oito quilómetros) ou S. Martinho (cinco quilómetros), mas depois são obrigados a pagar transporte para irem às consultas", criticou.

 

Fonte: Jornal de Notícias, 3 de Agosto 2016

3 de agosto de 2016

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