Sem acordo

Sem acordo

Os dois sindicatos médicos estipularam que a data  de 19 de setembro é o limite para chegar a acordo com o Ministério da Saúde (MS) em relação às novas grelhas salariais das 40 horas, em discussão desde que o processo negocial foi retomado, a 13 de Julho.

A reunião de ontem - a sétima - voltou a ser inconclusiva. E com um grande distanciamento entre as propostas de ambas as partes, que não chegam a acordo em relação ao valor-base de remuneração no início da carreira. Os sindicatos propõem 3200 euros brutos/mês; o MS diz que é excessivo.

"A reunião foi complicada" disse, ao JN, Sérgio Esperança, Presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), explicando que nem sindicatos nem governo estão interessados em prolongar as negociações muito mais tempo, tendo acertado que a última reunião será a 19 de setembro.

Recorde-se que inicialmente, o prazo para o fim das negociações era 31 de agosto, mas acabou por ser adiado para que se pudesse tentar alcançar um acordo.

Ontem, o MS reafirmou o princípio da neutralidade orçamental, ou seja, as propostas não podem significar mais gastos que actualmente. Os sindicatos insistem que o alargamento do horário das 35 para as 40 horas vai permitir poupar nas horas extraordinárias.

A proposta enviada pelo Governo ontem de manhã aos sindicatos "é ainda pior" do que a anterior, disse Sérgio Esperança, explicando que a tutela mexe em matérias que os sindicatos entendem não estar neste momento em cima da mesa, como a mobilidade e o pagamento das noites e fins de semana.

O Governo pretende alargar de 12 para 16 ou 18 as horas obrigatórias em urgência e voltou a apresentar a propsta de aumentar dos 55 para os 60 anos a data a partir da qual os médicos podem pedir dispensa de urgência noturna. O MS confirma que as negociações estão "difíceis".

 

Fonte: Jornal de Notícias 08 SET 2012

10 de setembro de 2012

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