Sem Carreiras Médicas não há SNS

Sem Carreiras Médicas não há SNS

"A questão da carreira médica não é uma questão irrelevante para o Serviço Nacional de Saúde", disse o Bastonário no início do debate sobre as Carreiras e o SNS, recordando o que o falecido médico e deputado João Semedo costumava dizer sobre o assunto: "O que é preciso é aplicar na prática a carreira médica". Miguel Guimarães referia-se ao facto de existir legislação e regulamentação das carreiras, mas uma prática que não as segue. Embora considere que a legislação "não é a ideal", o Bastonário não tem dúvidas que "a carreira define princípios fundamentais" que estão consagrados na lei.

Esta relação entre a carreira médica e o SNS foi considerada por todos da maior importância. Jamila Madeira (PS) assumiu, neste contexto, que o seu partido está comprometido com o SNS e, por conseguinte, com as carreiras dos profissionais de saúde.

Já Moisés Ferreira, do BE, corroborou as palavras do Bastonário e a referência a João Semedo, insistindo que "uma coisa é ter o diploma legal e outra coisa é a sua aplicação", condenando o que considerou práticas que "têm transformado o SNS numa manta de retalhos e prejudicado as carreiras", como sejam os contratos individuais de trabalho ou a existência de vários modelos de organização dos cuidados de saúde.

Para Paula Santos, que representou o PCP no debate, só as carreiras podem garantir profissionais capazes de dar resposta às necessidades do SNS. "Se os profissionais não estiverem devidamente motivados, não poderão assegurar o Serviço Nacional de Saúde".

Este debate, organizado pelo Conselho Nacional da OM, foi uma iniciativa do Conselho Nacional para as Carreiras Médicas, um órgão consultivo da Ordem, cujo presidente, Jorge Seabra, foi o moderador. O Presidente do Conselho Regional do Sul, Alexandre Valentim Lourenço, fez a intervenção de abertura da sessão.

21 de novembro de 2018

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