No encontro com o tema «Revistas Científicas Portuguesas – unir para melhorar internacionalmente», em que fez a intervenção inicial, Alexandre Valentim Lourenço, reputou a “união” das sociedades médicas, “em paralelo e concertada”, quer na área da formação quer na área organizativa e da ação científica, como “essencial” para que “a Medicina portuguesa possa continuar na senda que a tem caraterizado nos últimos anos”.

O Presidente do CRS recordou que “da parte das sociedades científicas e da Ordem dos Médicos há valores a preservar” e entre eles, apontou os da ciência, da investigação e das publicações, que “não se prendem com o imediatismo dos dias de hoje na comunicação social”.

A preservação desses valores, uma obrigação conjunta da Ordem e das sociedades científicas médicas, “requer tempo, ponderação e requer critérios específicos” e com esse objetivo que se junta a instituição que representa às organizações reunidas no projeto da Federação Portuguesa das Sociedades Científicas Médicas (FPSCM).

Segundo o dirigente, “é muito importante ter as sociedades agrupadas e que as sociedades científicas colaborem em grupo e unidas na defesa dos valores que cada uma por s defendei, porque na pressão constante que vivemos este tipo de união aumenta exponencialmente o valor da ciência”.

Alexandre Valentim Lourenço recordou que “num tempo em que os nossos internos e os nossos médicos cada vez mais têm que responder ao imediato do dia a dia e no número de consultas, cada vez menos há tempo para fazer melhor ciência e publicar melhores resultados”, lamentando que haja “uma pressão para publicar muitos resultados e muitas vezes o que se vê é uma mera lista de apresentações e de pósteres, cuja qualidade pode ser posta em causa, caso não haja tempo e não haja método”.

O encontro, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, dirigido por Luís Miranda Cunha, da FPSCM, contou com a presença da Vogal do CRS, Filipa Lança, que seguiu os trabalhos.