'Supercontagiadores' existem e explicam um terço a metade dos infetados

'Supercontagiadores' existem e explicam um terço a metade dos infetados

Investigação demonstra existência de pessoas com elevada sensibilidade à transmissão do vírus. E indica que os números do surto inicial foram muito superiores aos oficiais.
Investigadores espanhóis concluíram que entre um terço e metade das pessoas infectadas pelo Covid-19 no mundo estão relacionadas com pessoas supercontagiosas e comprovam que a origem de todas as estirpes atuais do coronavírus não é anterior a novembro de 2019.
A partir de uma amostra de 5 mil genomas do vírus, a equipa de Santiago de Compostela observou as mutações para reconstituir o comportamento do agente patogénico a partir da sua origem. E encontrou estes 'supercontagiadores', como lhes chama um dos cientistas - pessoas que propagam o vírus mais do que outras.
A descoberta "mais surpreendente e nova" do estudo foi demonstrar a existência e o impacto na pandemia de pessoas com elevada sensibilidade à transmissão do vírus covid-19. Até agora, a figura do supercontagioso "tinha sido discutida nos meios de comunicação social e de um ponto de vista epidemiológico", mas agora os investigadores demonstram com provas a sua existência ao detetarem estrangulamentos na diversidade do vírus, o qual é depois transmitido a um grande número de pessoas.
A partir daí, os autores inferem a presença de indivíduos supercontagiosos, neste caso algumas dezenas de indivíduos que infectam outros 20 a 30 e explicam metade desses 5 mil da amostra.

Fonte: Diário de Notícias, 25 Maio 2020

25 de maio de 2020

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