Um quarto dos contactos de infectados não é rastreado

Um quarto dos contactos de infectados não é rastreado

Na última semana de Junho, Portugal teve a menor capacidade de rastrear e isolar contactos de pessoas infectadas com covid-19 desde que esses dados começaram a ser revelados, semanalmente, no relatório das “linhas vermelhas” da pandemia, a 3 de Abril. Os dados do relatório de 9 de Julho indicavam que, apesar de o número médio de profissionais envolvidos no rastreamento ser o mais elevado desde o início de Abril, só foi possível rastrear 74% dos contactos de infectados. No primeiro relatório essa percentagem era de 91,5%.
Segundo o relatório de 3 de Abril, uma média de 121 profissionais diários conseguiu rastrear e isolar, em 24 horas, 91,5% dos contactos de pessoas infectadas. O documento de 9 de Julho (referente ao período de 24 a 30 de Junho) dava conta de que, apesar de a média diária de profissionais ter subido para 336, esses rastreios não estavam a chegar a mais de 74% dos contactos de risco dos infectados. Nos três relatórios anteriores, a percentagem tinha-se mantido nos 78%, com menos profissionais alocados. Antes deste período, a única semana em que os rastreios desceram abaixo do patamar dos 80% foi a de 29 de Abril e 5 de Maio, quando não tinham ido além dos 76%.
A menor capacidade de rastreio sentida nas últimas semanas está directamente relacionada com o aumento de casos a que o país tem assistido, mas não só, defendem especialistas de saúde pública ouvidos pelo PÚBLICO. 

Público, 14 julho 2021

14 de julho de 2021

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