Os médicos concordam que o Ministério da Saúde estude uma forma de os clínicos com mais de 55 anos continuarem a fazer urgências, mas exigem incentivos para o serviço.
Na quarta-feira, o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes disse, à margem da audição na Comissão Parlamentar da Saúde, que "seria muito importante" esses médicos continuarem a fazer urgências. A tutela considera que são uma garantia de segurança clínica do Serviço Nacional de Saúde.
Ontem, em comunicado, o Sindicato Independente dos Médicos(SIM) sublinhou concordar com o ministro e disse estar "disponível para negociação sindical de eventuais incentivos, quer remuneratórios quer de redução de horário ou aumento dos dias de férias".
A estrutura salientou, contudo, que será "sempre numa base voluntária" que os médicos com mais de 55 anos decidirão se fazem urgências.
Desde 1979 que a lei prevê dispensa para esse médicos e tal é "inegociável", alerta o SIM. "Os médicos não estão proibidos de fazer urgências a partir dos 55 anos. Estão só dispensados. Claro que havendo incentivo, e se cada médico quiser, acho boa ideia", disse ao JN o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manel Silva.
Já a tutela não se pronunciou quanto a eventuais incentivos.
Fonte: JN, 23 de Janeiro de 2016