Vistorias revelam "bomba relógio"

Vistorias revelam "bomba relógio"

Só no Algarve se exige testagem de funcionários que vêm de férias. Há sítios sem álcool-gel. Outros mantêm as atividades de grupo.
A situação nos lares de idosos é descrita por uma fonte do Governo como "uma bomba-relógio" que pode rebentar com uma segunda vaga de Covid-19 no outono. O descontrolo no lar de Reguengos deu o alerta e fez o Executivo emitir a 3 de julho um despacho que determina o "acompanhamento mensal do cumprimento das orientações de caráter preventivo" naquelas instituições. Mas as vistorias ainda só arrancaram em cinco distritos e, segundo relatórios a que a SÁBADO teve acesso, estão a revelar um cenário crítico. No distrito de Évora, o primeiro a realizar inspeções conjuntas feitas pela Proteção Civil, logo a partir de 7 de julho, a Segurança Social e a autoridade de saúde local, a média de "desconformidades" detetadas é de oito por lar. Mas há residências para a terceira idade que chegam a somar 20 irregularidades.
Segundo os documentos a que a SÁBADO acedeu, a "desconformidade" mais frequente é a ausência de distanciamento entre residentes. "Há situações em que é impossível manter a distância entre as camas ou os cadeirões em que estão os utentes", diz uma fonte que tem acompanhado as vistorias, que diz tratar-se de um problema sem solução. "Não há espaço para manter a distância. Era preciso construir lares novos para cumprir as recomendações."

Sábado, 6 Agosto 2020

6 de agosto de 2020

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