Áustria confirma que vai receber 10 doentes portugueses

Áustria confirma que vai receber 10 doentes portugueses

Áustria vai receber 10 doentes portugueses, entre os quais cinco com infeções graves pelo novo coronavírus e cinco com outras doenças ou cirurgias pendentes, confirmou hoje o Governo austríaco, que espera ajudar Portugal durante a pandemia de covid-19.
Em comunicado, o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, assumiu ser “uma questão de solidariedade europeia oferecer ajuda rápida sem burocracia para salvar vidas humanas”. O líder conservador austríaco já tinha falado no último domingo com o primeiro-ministro, António Costa, acerca da possível transferência de doentes.
"Tal como acolhemos [no passado] doentes de cuidados intensivos de França, Itália e Montenegro, queremos agora ajudar Portugal nesta difícil situação", acrescentou o chefe do executivo austríaco.
Já o ministro da Saúde, Rudolf Aschober, vincou que esta assistência é possível graças a uma “ligeira melhoria” ao nível dos internamentos em unidades de cuidados intensivos (UCI) no país, onde cerca de 300 pessoas estão hospitalizadas em estado grave devido à covid-19, menos de metade do número no final de novembro, na segunda vaga da pandemia, quando chegaram a estar internadas mais de 700 pessoas em UCI.
Segundo a agência noticiosa EFE, os doentes portugueses serão transportados para clínicas em Viena e quatro outras regiões do país em aviões do exército federal austríaco, numa data ainda por confirmar pelos dois Governos, que estarão a finalizar os detalhes do acordo.
No entanto, o executivo português não confirma ainda a situação de auxílio austríaco. Questionado pela Lusa, o Ministério da Saúde apresenta a mesma resposta que deu quando se colocou o cenário de ajuda proveniente da Alemanha, que veio, efetivamente, a concretizar-se na quarta-feira com o envio de uma equipa de médicos militares e de equipamento.
“Todas as hipóteses estão a ser consideradas no sentido de continuar a assegurar os cuidados de saúde aos portugueses. Num quadro de apoio externo, os mecanismos de cooperação europeia são obviamente uma possibilidade, em função da evolução que se vier a verificar”, adiantou o gabinete do ministério liderado por Marta Temido.

Agência Lusa

5 de fevereiro de 2021

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