28% das primeiras consultas nos hospitais fora do tempo adequado

28% das primeiras consultas nos hospitais fora do tempo adequado

Dados até junho permitem estimar que perto de 500 mil doentes só foram vistos por médicos especialistas após esperarem mais tempo do que está previsto na lei.

 

Até junho, 28% das primeiras consultas realizadas nos hospitais públicos não cumpriram os prazos máximos de resposta previstos na lei - que vão até 30, 60 ou 150 dias, consoante a prioridade atribuída ao doente após o médico de família entender que deve ser visto por um especialista hospitalar.

Para fazer face à demora crónica no atendimento em algumas especialidades, desde maio passou a ser possível optar por hospitais com resposta mais rápida em alternativa às unidades da zona de residência. No final do semestre, e tendo decorrido apenas um mês de aplicação da medida a nível nacional, ainda não se verificava, porém, uma redução das primeiras consultas realizadas fora de tempo, antes pelo contrário. Os prazos foram cumpridos em média em 72% das consultas, quando no ano passado, em junho, este indicador se situava nos 74.9%.

Ao todo, foram realizadas no primeiro semestre nos hospitais públicos 1,8 milhões de primeiras consultas, mais 1,6% do que no mesmo período de 2015. A Administração Central do Sistema de Saúde divulgou até ao momento as médias de cumprimento dos tempos máximos de resposta entre abril e junho. Por isso apenas é possível estimar o número de atendimentos em que os prazos são cumpridos e aqueles em que os doentes esperam de mais. Tendo em conta as diferenças de cumprimento dos prazos a nível regional, 1,3 milhões de doentes terão sido vistos dentro dos prazos previstos na lei e 489 mil tiveram resposta fora do tempo adequado.

 

Fonte: jornal i, 1 de Setembro 2016

1 de setembro de 2016

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