Corte nas horas extraordinárias dos médicos leva greve à mesa de Costa

Corte nas horas extraordinárias dos médicos leva greve à mesa de Costa

SIM quer cimeira com outro sindicato médico e reunião com o primeiro-ministro para repor o pagamento dos 100%.

 

O Sindicato Independente dos Médicos continua a luta para a reposição do pagamento a 100% das horas extraordinárias, que são pagas atualmente a 50%, e admite mesmo recorrer à greve para levar o governo a ceder. Numa reunião que teve lugar a 20 de maio, o SIM deu luz verde ao seu secretariado para convocar uma reunião com a Federação Nacional dos Médicos, grupos parlamentares e com o primeiro-ministro.

Mas esta pretensão do SIM esbarra desde logo com a posição do ministro da Saúde que já veio publicamente recusar a reposição do pagamento a 100% das horas extraordinárias.

A posição do SIM saiu em abril reforçada com um referendo realizado aos médicos. A maioria dos clínicos considerou injustos os cortes de 50% na remuneração das horas extra e quase oito em cada dez dizem que deixariam de fazer trabalho suplementar se pudessem. Caso os valores não sejam repostos no curto prazo, quase 100% admitem tomar medidas como recusar fazer horas extra e exigir um limite de 200 horas anuais em serviços como urgências, onde têm de estar disponíveis 634 horas por ano, quatro vezes mais do que o limite na função pública.

Estas foram algumas das conclusões do referendo, que depois de ver a reposição dos valores negada no Orçamento do Estado para este ano tem estado a intensificar o protesto. Apenas 3,2% dos inquiridos admitiram não tomar qualquer medida caso os valores não sejam repostos pelo governo.

 

Fonte: jornal i, 31 de Maio 2016

31 de maio de 2016

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