Espanha: "Temos jovens com quadros clínicos graves nos cuidados intensivos"

Espanha: "Temos jovens com quadros clínicos graves nos cuidados intensivos"

O alerta é do diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias de Espanha. O país continua a registar um aumento de casos de covid-19 e a média de idades dos novos infetados é cada vez mais baixa. Agora situa-se entre 36 e 38 anos.
o cada vez mais jovens os novos infetados com o novo coronavírus em Espanha, país que tem registado um aumento de casos de covid-19. A média de idades dos doentes tem vindo a baixar para 45 anos em mulheres e 41 nos homens no último mês. Mas os dados das últimas três semanas indicam que a média de idades é ainda mais baixa, 36 e 38 anos, respetivamente. Em março e abril, os doentes tinham, em média, mais de 60 anos, revela a autoridade de saúde espanhola.
A situação motivou uma chamada de atenção de Fernando Simón, o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências em Saúde (CCAES). Pediu mais responsabilidade individual e deixou um alerta à camada da população mais jovem, sobretudo àqueles que pensam que o vírus não os afeta tanto. "Temos doentes jovens com quadros clínicos graves nos cuidados intensivos", afirmou, em conferência de imprensa, na quinta-feira.
Fernando Simón, citado pela imprensa espanhola, pediu aos jovens para serem mais "cuidadosos" e para avaliarem os riscos que enfrentam.
Há 483 surtos ativos no país, sendo que os mais difíceis de rastrear são os que acontecem em ambiente social, logo têm "um alto risco de transmissão comunitária". E esses são os que preocupam mais as autoridades de saúde.
Os trabalhadores temporários, as reuniões familiares e as atividades de diversão noturna representam os principais focos de contágio em Espanha, sobretudo na população mais jovem que é "menos cuidadosa" com as medidas de contenção do novo coronavírus, avisou o ministro da Saúde, Salvador Illa.
​​​​Fernando Simón indicou, por exemplo, que há 90 focos com origem familiar, que originaram 770 casos. Os locais de diversão são outro dos principais focos de contágio e a eles estão associados apenas 30 surtos, mas que concentram 1.100 infetados, informou o responsável. Um número elevado tendo em conta que 75% dos surtos ativos em Espanha originam menos de 10 casos cada um.

DN online, 31 julho 2020

31 de julho de 2020

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