História de uma vida com o coração nas mãos

História de uma vida com o coração nas mãos

A apresentação do livro «Uma Vida com o Coração nas Mãos», do cirurgião cardíaco Manuel Antunes, que teve lugar no Auditório da Ordem dos Médicos, em Lisboa, dia 29 de novembro, coube a Maria de Belém Roseira e contou também com as intervenções do Presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Paulo Simões, de Helena Rafael, da Gradiva, e do próprio autor. O Bastonário interveio através de uma mensagem de vídeo gravada para a ocasião.

A sessão de apresentação foi uma iniciativa promovida pelo Conselho Regional do Sul e pela Gradiva Editora, que publicou o livro e mantém com a Região Sul da Ordem dos Médicos uma parceria para eventos culturais deste tipo. A obra traça o percurso pessoal e profissional do cirurgião.

O Presidente do CRS abriu a sessão, saudando os presentes, em especial Manuel Antunes, que, para Paulo Simões, “devia ser realmente enaltecido”. O dirigente partilhou, ainda, o grande entusiasmo com que o Conselho Regional do Sul da OM acolheu o lançamento do livro e sublinhou a importância de este ter como ponto de partida a última lição de Manuel Antunes.

Helena Rafael, em nome da Gradiva Editora, destacou a personalidade do cirurgião, que considerou um “profissional de excelência nacional e internacionalmente”, cuja obra traça o seu “notável percurso pessoal e profissional, contribuindo par a descrição daquilo que foi a História da Medicina em Portugal, marcada pelo avanço do conhecimento científico na prática médica”.

Maria de Belém Roseira qualificou a obra como um “romance quase heroico”, em que “o que consta não é apenas a descrição de uma vida pessoal, mas a nossa estrutura”. De acordo com a antiga ministra da Saúde, Manuel Antunes “descreve o seu percurso de uma maneira muito simples, viva, intensa e com grande orgulho”, notando, até, a humildade do autor por não esconder as suas origens numa aldeia do concelho de Leiria.

Maria de Belém aproveitou, ainda, para discordar do cirurgião quando este defendeu a ideia de que “não há pessoas insubstituíveis”, no livro, na medida em que a oradora considera que cada pessoa “é uma realidade irrepetível” e, portanto, não repetível.  

Por sua vez, o cirurgião cardíaco usufruiu do momento para explicar alguns pormenores da sua obra. A fotografia presente na capa, “tirada em 1976”, retrata o momento em que Manuel Antunes estava prestes a “entrar pela primeira vez numa sala de cirurgia cardíaca”.

O autor classificou este momento como “o início da história” no que diz respeito à sua vida com o coração nas mãos”. O médico explicou, também: “Não foi apenas com o coração dos outros nas minhas mãos que vivi muitas vezes, mas também com o meu próprio coração nas mãos”. E foram estas as circunstâncias que ajudaram à escolha do título.

Segundo o autor, o livro relata “excertos de uma vida de quem a viveu sempre com muita vontade e intensidade, temperada com dedicação e paixão, geralmente com a preocupação de a orientar para o serviço dos outros. Em todos os sentidos: uma vida com o coração nas mãos”. Manuel Antunes espera assim que todo o seu percurso “tenha ajudado a transformar a vida de muitos e sirva para motivar os restantes”.

O Bastonário da Ordem dos Médicos enviou uma mensagem de vídeo, gravada para o efeito, nela defendendo que “Manuel Antunes representa não só o médico técnico e clínico, mas sobretudo a ideia do ser médico”. Carlos Cortes destacou a capacidade de dedicação, de entrega e de trabalho invulgar do cirurgião, considerando-o, também, um gigante da Medicina.

Aníbal Cavaco Silva, acompanhado de Maria Cavaco Silva, e Leonor Beleza assistiram à apresentação do livro.

30 de novembro de 2023

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