Os custos e os problemas da insularidade

Os custos e os problemas da insularidade

O presidente do Conselho Regional do Sul, Alexandre Valentim Lourenço, e a direção do Conselho Médico da Região Autónoma reuniram-se com vários médicos e discutiram constrangimentos locais para o exercício e para a formação médica e possíveis soluções.

Isabel Cássio, Presidente do Conselho Médico da RAA, apresentou vários constrangimentos dos quais destacou as restrições à mobilidade de especialistas entre as várias ilhas, as dificuldades em abrir vagas de formação de especialistas e também de os fixar na região após a conclusão da especialidade.

Alexandre Valentim Lourenço referiu, por seu turno, que “a abordagem das questões específicas deve ser sistemática e individualizada sempre em prol do desenvolvimento da Medicina e facilitando o acesso da população a uma Medicina de qualidade”.

Para tanto, considerou que “deve ter-se em conta que a autonomia legislativa dos Açores permite encontrar soluções específicas dirigidas aos problemas crónicos do sistema, como sejam as listas de espera, e que os médicos devem liderar as propostas de uma forma global tendo em vista a melhoria da saúde das populações, já de si prejudicadas pelos custos da insularidade e periferia”. 

“Apostar em projetos profissionais aliciantes é a melhor forma de fixar médicos e simultaneamente melhorar a qualidade de prestação de serviços de saúde às populações”, considerou o Presidente do Conselho Regional do Sul, que pediu aos médicos que se reunissem “em torno de projetos multidisciplinares agregadores e apresentassem propostas dirigidas a objetivos e problemas específicos que traduzissem uma visão adequada da Medicina”.

E rematou: “Ser o motor da qualificação da Saúde é a melhor solução e os médicos são os mais bem colocados para o fazer”.

27 de fevereiro de 2003

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