Com outras ordens profissionais da área da saúde, a Ordem dos Médicos participou na conferência «O Êxodo dos Profissionais de Saúde do SNS», que decorreu na Sala do Senada do Parlamento, organizada pelo Grupo Parlamentar do PSD, no dia 4 de maio. Luís Campos Pinheiro, tesoureiro do Conselho Regional do Sul, representou a OM na sessão.
O painel em que Luís Campos Pinheiro interveio incluiu a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, e representantes da Ordem dos Farmacêuticos e da dos Psicólogos. O dirigente focou a sua intervenção no esclarecimento de que "o país não tem falta de médicos, mas o SNS sim".
Segundo o tesoureiro da Região do Sul, que é o diretor do Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, "a Ordem tudo tem feito para que haja especialistas disponíveis em número suficiente, mas os sucessivos governos não têm feito o seu trabalho".
Entre os fatores que têm contribuído para o êxodo de profissionais, o dirigente apontou a sobrecarga de trabalho nas urgências, a falta de condições salariais e de equipamentos e a atratividade exercida pelos privados, onde já trasbalham quase 19 mil médicos, segundo dados da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.