Pequenas USF sofreram mais com a covid

Pequenas USF sofreram mais com a covid

O Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos continuou o seu ciclo de reuniões nas unidades de saúde familiar (USF), no dia 28 de maio, desta vez na área metropolitana de Lisboa, com a visita a unidades dentro da cidade e também em Oeiras e Cascais.
Alexandre Valentim Lourenço e Isabel Santos reuniram-se pela manhã com os médicos da USF Sofia Abecassis, que sentem finalmente menos pressão, mas se queixam das dificuldades de dar resposta à prioridade da doença covid, uma vez que, sendo poucos, enfrentavam maiores problemas para fazer as escalas obrigatórias nas Áreas Dedicadas aos Doentes Respiratórios (ADR), a que tinham de dar resposta semelhante à que foi dada pelas grandes USF com 8, 9 ou 10 médicos.
A delegação da Ordem dos Médicos do Sul, que encetou este programa de visitas no dia 21 de maio, no Alentejo, e que o termina no dia 7 de junho em unidades de saúde familiar do Algarve, seguiu à tarde para Oeiras, onde se reuniu com os médicos da USF de S. Julião, e para Cascais, onde se juntaram na mesma reunião, profissionais de três USF: S. João do Estoril, Costa do Estoril e Marginal.
Os médicos destas unidades, de maior dimensão, enfrentaram outro tipo de problemas e sublinharam o atraso das atividades regulares, em detrimento das que se relacionam com a covid, e as dificuldades de retoma que se registam.
Nesta fase, os médicos têm que dar resposta ao processo de vacinação generalizada e a sua participação nesse processo dificulta de novo - tal como aconteceu na primeira fase de resposta à covid - a retoma das atividades.
A participação dos médicos de família nos ADR, no trace-covid e agora na vacinação não tem sido devidamente ponderada na contratualização, o que provocou em muitas destas unidades abaixamento do índice de desempenho, o que merece uma crítica generalizada dos profissionais de todas as USF.

28 de maio de 2021

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