Portugal tem mais de sete milhões de máscaras FFP2 para profissionais

Portugal tem mais de sete milhões de máscaras FFP2 para profissionais

Portugal tem atualmente cerca de 7,1 milhões de máscaras FFP2 para profissionais de saúde, revelou hoje o secretário de Estado da Saúde, considerando o número “confortável” mas admitindo novas aquisições devido à covid-19.
“Temos uma encomenda de 12,3 milhões de máscaras FFP 2 [máscara de proteção respiratória autofiltrante]. Destas, foram já entregues cerca de 5,2 milhões. É um número que nos deixa confortáveis”, observou António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia do novo coronavírus.   
O governante notou que as medidas de aquisição são “progressivas” pelo que poderão ser compradas mais máscaras “se houver algum défice ou falha”.   
Questionado pelos jornalistas sobre o uso do medicamento antiviral remdesivir no combate à covid-19, Lacerda Sales disse que Portugal está “a acompanhar” o seu uso “de forma muito atenta”, tal como o uso de “outros antivíricos”.
“Não há decisões porque não há evidência (prova) clínica muito consistente”, afirmou.
O medicamento antiviral remdesivir está envolto em informações divergentes sobre a sua eficácia contra a covid-19, com o laboratório norte-americano que o produz a defender essa eficácia e a revista científica The Lancet a divulgar informação contrária. 
A farmacêutica Gilead anunciou na quarta-feira que o remdesivir teve resultados "positivos" num ensaio clínico feito em parceria com institutos de saúde americanos e é uma das hipóteses para tratar doentes com covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
No entanto, também na quinta-feira, a revista médica The Lancet publicou resultados dececionantes de um estudo chinês mais pequeno, feito igualmente em comparação com um placebo, que demonstrou que os doentes tratados com o remdesivir, um antiviral desenvolvido contra o ébola, mas nunca aprovado para outras doenças, não ficaram melhores do que os tratados com o placebo. 
Não é raro os ensaios divergirem, mas o estudo dos institutos de saúde americanos estava entre os maiores e mais aguardados, como o estudo europeu Discovery, do qual se esperam resultados.

Fonte: Agência Lusa, 30 Abril 2020

1 de maio de 2020

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