Surto no IPO de Lisboa colocou mais de 70 profissionais em quarentena preventiva

Surto no IPO de Lisboa colocou mais de 70 profissionais em quarentena preventiva

O foco de infeção no serviço de hematologia detetado há duas semanas colocou médicos, enfermeiros e assistentes operacionais de vários serviços em isolamento. Esta situação, associada às férias de outros profissionais, está a fazer que enfermeiros de outros departamentos estejam a ser transferidos para aquele serviço de forma a assegurar os cuidados aos doentes.
O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa contabiliza, desde o início da pandemia até esta semana, 103 casos positivos à covid-19. Ao todo, são 47 profissionais, 16 prestadores de serviço externos e 40 doentes. A este número há ainda a associar mais 70 que se encontram em quarentena preventiva desde o surto no serviço de hematologia.
Uma situação que está a causar pressão aos serviços já que a maioria dos profissionais positivos, bem como em quarentena preventiva, são enfermeiros, o que, associado ainda ao facto de haver profissionais já em férias, está a obrigar a uma alteração das escalas e à transferência destes para outros serviços com falta de pessoal, nomeadamente hematologia.
Segundo apurou o DN, desde que foi detetado o surto de covid-19 no serviço de hematologia há duas semanas, o qual resultou na infeção de 13 profissionais e 17 doentes, que houve necessidade de ir buscar enfermeiros já com alguma experiência em hematologia a serviços como cirurgia médica e outros, para garantir escalas e a prestação de cuidados aos doentes.
Profissionais da unidade esperam que a situação volte ao normal já nesta semana com o início do regresso dos cerca de 70 profissionais em quarentena preventiva. As mesmas fontes confirmaram ao DN que, destes, perto de 40 são enfermeiros, a maioria do serviço de hematologia, mas que nunca esteve em causa a prestação de cuidados, tendo sido apenas necessário ajustar escalas e transferir alguns profissionais até que regressem os que se encontram em quarentena.
A agravar a situação da quarentena preventiva juntou-se a dos profissionais de férias. No início da pandemia, os profissionais de saúde não podiam gozar férias, mas esta situação já foi alterada e já há férias marcadas e aprovadas.

Fonte: DN online, 29 junho 2020

29 de junho de 2020

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