Centros de saúde à espera de 700 médicos reformados

Centros de saúde à espera de 700 médicos reformados

Hipótese de juntar 75% do vencimento à reforma, já previsto, é o incentivo oferecido. A aposta passa por, até 2018, conseguir clínicos para seguir um milhão de pessoas.

 

Setecentos médicos reformados vão ser contratados até 2018 para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Com estas entradas, o governo espera conseguir dar resposta aos cerca de um milhão de portugueses que ainda estão sem médico de família. No âmbito desta estratégia já estão ao serviço, desde fevereiro, 221 profissionais aposentados, prevendo o Ministério da Saúde contratar, de forma faseada, mais 500 até 2018. Para o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, esta é "uma medida positiva".

Estas contratações surgem no âmbito do Programa Nacional de Reformas, aprovado em Conselho de Ministros, e tentam responder à carência de médicos nos centros de saúde. O ministério adiantou ao DN que pretende "contratar 200 médicos aposentados, durante este ano de 2016, além dos já existentes — os 221 em funções em fevereiro último —, outros 200 em 2017 e cem em 2018". O que perfaz um total de 700 profissionais aposentados que integraram o SNS ao longo de três anos. "Eventualmente, já serão zero em 2019, pois os valores vão reduzindo em virtude da formação de novos médicos", acrescentou a tutela.

Recentemente, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse estar convencido de que, "até ao final legislatura, todos os portugueses terão um médico de família e todos terão acesso a cuidados de proximidade". E crê mesmo que "o incentivo de 75% [de vencimento sobre a reforma]" seja suficiente para os médicos reformados regressarem ao SNS.

O bastonário da Ordem dos Médicos também entende que "a atual retribuição já é justa: acumulam a reforma com 75% do vencimento correspondente ao tempo que contratam com o Estado". E considera "positivo" o anúncio da tutela de querer contratar mais 500 médicos aposentados até 2018: "Aplaudimos esta iniciativa do ministério."

 

Fonte: Diário de Notícias, 26 de Abril 2016

26 de abril de 2016

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