Alexandre Valentim Lourenço dirigiu-se aos médicos colocados no Ribatejo para fazerem o seu internato, dizendo que na relação médico-doente se encontram os fundamentos da profissão e aquilo que nunca irá mudar apesar de todas alterações que a Medicina vai sofrer no futuro.
“O médico vai ter sempre que ter tempo para falar com o doente e mostrar-lhe as opções”, disse o Presidente do CRS na sua intervenção, que advertiu os jovens internos que “os médicos serão sempre os principais culpados se os doentes acharem que devem encontrar alternativas à Medicina”.
O dirigente explicou que por isso mesmo a Ordem dos Médicos está apostada, num projeto conjunto com a sua congénere espanhola, em tornar a relação médico-doente em património imaterial da Humanidade.
A sessão decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santarém ao final da tarde e contou com uma receção nos Paços do Concelho, cujo anfitrião foi o vereador com o pelouro da Saúde Ricardo Rato.
A Presidente do Conselho Sub-regional do Ribatejo (Paula Pinheiro) falou também aos internos, a quem deu as boas-vindas à Sub-região e agradeceu à Câmara Municipal pela receção.
Paula Pinheiro sublinhou aos jovens médicos que a partir de agora enfrentavam “um desafio com grandes dificuldades, mas que se ultrapassarão com gosto” e recordou-os de que a Sub-região do Ribatejo é a “casa de todos”, onde se têm desenvolvido ações de formação e outras que visam “proporcionar a relação entre todos”, uma vez que a atividade dos médicos “é muito exigente” e condiciona o tempo que têm para conversar e conhecer os outros.
A sessão de receção aos internos da Sub-região do Ribatejo teve ainda um pequeno passeio cultural pela cidade de Santarém e um jantar que reuniu os dirigentes e os novos internos, quer do ano de formação geral, quer os que entram agora na formação especializada.
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